sexta-feira, 27 de maio de 2011


"É fácil amar o outro na mesa de bar, quando o papo é leve, o riso é farto, e o chope é gelado.
É fácil amar o outro nas férias de verão, no churrasco de domingo, nas festas agendadas no calendário do de vez em quando.
Difícil é amar quando o outro desaba. Quando não acredita em mais nada. E entende tudo errado. E paralisa. E se vitimiza. E perde o charme. O prazo. A identidade. A coerência. O rebolado.
Difícil amar quando o outro fica cada vez mais diferente do que habitualmente ele se mostra ou mais parecido com alguém que não aceitamos que ele esteja.
Difícil é permanecer ao seu lado quando parece que todos já foram embora. Quando as cortinas se abrem e ele não vê mais ninguém na plateia. Quando o seu pedido de ajuda, verbalizado ou não, exige que a gente saia do nosso egoísmo, do nosso sossego, da nossa rigidez, do nosso faz-de-conta, para caminhar humanamente ao seu encontro.
Difícil é amar quem não está se amando.
Mas esse talvez seja, sim, o tempo em que o outro mais precisa se sentir amado. Eu não acredito na existência de botões, alavancas, recursos afins, que façam as dores mais abissais desaparecerem, nos tempos mais devastadores, por pura mágica. Mas eu acredito na fé, na vontade essencial de transformação, no gesto aliado à vontade, e, especialmente, no amor que recebemos, nas temporadas difíceis, de quem não desiste da gente."
(Ana Jácomo)

terça-feira, 24 de maio de 2011


"E me sinto feliz e grata por tudo.
Vejo amor, maestria, chance de aprendizado, em cada ínfima coisa que me acontece.
Ainda que chova, e às vezes chove muito, a memória da ternura luminosa e imutável do Sol faz eu lembrar da natureza preciosa da vida.
O Sol não vai a lugar nenhum, ele fica exatamente onde está, mas a nuvem, a chuva, sempre passam.
Tem dia em que eu acordo lindeza e coloco bobagem pra dormir porque a nítida prioridade é a harmonia do meu coração, o contentamento natural capaz de me nutrir, proteger e me ajudar a seguir."
( Ana Jácomo)

quinta-feira, 19 de maio de 2011


"Eu não atendo o telefone, não consigo. E também não tenho para quem ligar no meio da noite e dizer que tá doendo pra caralho, vem me ver, por favor. Ninguém para atravessar a cidade por mim."

(Jaya Magalhães)

"(...) repetem assim, oito vezes, uma cada uma:
- Bom dia!
- Bom dia!
- Bom dia!
- Bom dia!
- Bom dia!
- Bom dia!
- Bom dia!
- Bom dia!
Não é que dá certo? Quase sempre, o dia é bom mesmo. Principalmente quando eu invento sem parar."


(Caio Fernando Abreu)

quarta-feira, 18 de maio de 2011



"Não tenho tido muito tempo ultimamente, mas penso tanto em você, que na hora de dormir vezenquando até sorrio e fico passando a ponta do meu dedo no lóbulo da sua orelha, e repito repito em voz baixa:
- Te amo tanto. Dorme com os anjos.
Mas depois sou eu quem dorme e sonha, sonho com os anjos."

Caio F.

Da Cris, que também fala por mim.


"Só basta acreditar que, um dia, as coisas vão mudar.
Vai ter um riso em cada esquina.
Vai ter injeção de coragem, pílulas de alegria.
E doses e mais doses de amor."


"Primeira estrela que vejo, lembrei, realiza o meu desejo. Pedi sete vezes em voz alta, não havia ninguém por perto para olhar e talvez rir. Força e , que tinha perdido, pedi."
Caio F.

(Re) Aprendendo a sorrir

Ele tem um coração bonito.
Das suas belezas, essa é a maior.
Um coração que de tão grande, distribui generosidade por onde passa.
O Dono dos Olhos de Mel tem sorriso fácil, e tem como uma de suas maiores destrezas, acender o sorriso Dela também.
O olhos Dele a observaram desde muito antes daquele dia em que os dois se encontraram de novo. Perceberam cada gesto Dela e guardaram na memória Dele, coisas que Ela mesma, nem ousava tentar lembrar.
É engraçado perceber como tudo na vida é (inter)ligado. Encaixado como um imenso quebra-cabeça onde as peças só podem ser escolhidas uma de cada vez. No momento certo.
O Dono dos Olhos de Mel chegou à vida Dela.
Se encaixou na hora exata no quebra-cabeça que define sua vida..e a primeira imagem que se consegue ver disso tudo, são dois antigos (des)conhecidos brincando de descobrir a alegria dos poucos momentos que têm juntos.
Ambos, reaprendendo a doçura de sorrir com o coração.

"O que tem de ser tem muita força"